Por Luiz Betti
Gabriel García Márquez, escritor colombiano ganhador do Nobel de Literatura em 1982, foi vítima de uma trapalhada jornalística nas últimas semanas.
No fim de março, o diário chileno La Tercera entrevistou pessoas próximas de Gabo que afirmaram que o autor de Cem Anos de Solidão estaria prestes a se aposentar e, no dia primeiro de abril, surgiram ainda boatos de que o próprio admitira a sua retirada. Em resposta, G. M foi ao jornal El Tiempo e não apenas disse que não fechará a produção, como afirmou também que não faz outra coisa senão escrever.
Considerado um dos criadores do realismo fantástico – e também conhecido por ser um dos maiores admiradores do cantor Nelson Ned, García Marquez deu a entender que a tinta de sua pena ainda não secou: “Meu ofício não é publicar, mas sim escrever”.
Para quem ainda não conhece o estilo indefectível do autor, uma boa obra de iniciação é o romance Memórias de Minhas Putas Tristes, de 2004. Na história, um promíscuo senhor de idade decide, em seu aniversário de 90 anos, presentear-se com a virgindade de uma jovem de 14. Porém, o ancião descobre na ninfeta muito mais do que a fuga para a sua solidão: o amor puro, incondicional e verdadeiro.